O presidente Ednaldo Rodrigues está fora da CBF. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (15). Essa é a segunda vez que o gestor baiano é afastado do comando da entidade e mais uma vez o afasrtamento é feito pela justiça carioca. Vale lembrar que a reeleição de Ednaldo estava sob investigação e que, inclusive, um vice-presidente da entidade havia pedido seu afastamento na Justiça carioca.
A decisão foi tomada pelo TJ-RJ e destacou que o comando passará a ser, interinamente, do vice-presidente da instituição Fernando José Sarney. "Pelo exposto, determino: 1- o afastamento da atual diretoria da CBF; 2- que o Vice-Presidente da CBF, Fernando José Sarney, realize a eleição para os cargos diretivos da CBF, na qualidade de interventor, o mais rápido possível, obedecendo-se os prazos estatutários, ficando a seu cargo, até a posse da diretoria eleita, os poderes inerentes à administração da instituição, dispostos no art.7º do Estatuto da Entidade", diz um trecho da decisão da Corte contra a gestão de Ednaldo Rodrigues.
Nessa decisão, o desembargador responsável pelo caso também decretou como nulo o acordo assinado pelo Coronel Nunes e os outros dirigentes da CBF. "A robustez dos indícios trazidos aos autos leva à inarredável conclusão acerca de um fato, até mesmo óbvio: há muito o Coronel Nunes não tem condições de expressar de forma consciente sua vontade. Seus atos são guiados. Não emanam da sua vontade livre e consciente", escreveu o desembargador Zefiro na decisão.
Vale lembrar que tudo aconteceu quando Ednaldo Rodrigues não estava no Brasil. O gestor está no Paraguai, onde participava de um Congresso da FIFA. Outra curiosidade é que o mesmo fechou com Carlo Ancelotti para ser o novo treinador do Brasil numa tentativa de acalmar os ânimos da cobrança sobre sua gestão.
Motivo
Essa crise da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) envolve uma assinatura suspoeita no acordo que, antes, solucionou as dúvidas sobre a eleição de Ednaldo Rodrigues na entidade, realizada em 2022. O caso voltou à tona recentemente depois que as condições de saúde do Coronel Nunes, um dos ex-dirigentes da CBF que assinou o documento, foi posta em dúvida.
Isso porque a oposição à gestão de Ednaldo Rodrigues cresceu nas últimas semanas, com muita articulação política sendo feita depois que a situação veio à tona. Na ocasião vazamentos de documentos e ações na Justiça contra o baiano foram vistas.
