O deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), fez seu discurso nesta terça-feira (20) com um bebê reborn no colo e se posicionou sobre o uso das bonecas, que vêm ganhando popularidade no Brasil.
“Estou aqui com a minha neta, bebê ‘esborni’, sei lá como é o nome, para dizer ao Brasil que não é pecado”, afirmou o deputado que também defendeu que o apego a esses objetos não substitua o cuidado com crianças em situação de vulnerabilidade.
O parlamentar destacou que qualquer pessoa tem o direito de brincar ou se afeiçoar às bonecas hiper-realistas, desde que isso não interfira nos serviços públicos, em referências aos casos de procura de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) e solicitação de bênçãos religiosas para os brinquedos.
“Peço a quem gasta com fantasias para bonecos de silicone, que visite orfanatos, abrigos de idosos ou casas de acolhimento”, disse. Para ele, é preciso lembrar das “crianças de carne e osso, feitas por Deus, com espírito e alma”, que muitas vezes estão “abandonadas, passando fome, frio e necessidade”.
A deputada federal Rosangela Moro (União-SP) apresentou um projeto de lei, na última sexta-feira (16), propondo atendimento psicológico pelo SUS a pessoas que desenvolvam vínculos afetivos considerados disfuncionais com bonecas reborn.
Já o vereador Rafael Ranalli (PL), de Cuiabá (MT), protocolou uma proposta que busca proibir qualquer atendimento médico a bonecas reborn nas unidades de saúde da cidade, passíveis de multas de até R$ 10 mil e encaminhamento psicológico para pessoas que se identificarem como pais das bonecas.